DEDICATÓRIA
Há livros que jamais são dedicados
Aquela que o poeta elege musa,
Um recurso sutil que ele usa,
Pra não ter seus segredos revelados.
Mas os traços da musa são deixados
Em cada verso, onde o vate acusa
O amor em língua para alguns confusa,
Mas evidente a quem são destinados.
Destarte, ao invés de só um louvor
A um nome um livro de amor
Vai além de vulgar dedicatória.
Pode o romance ser ou não real,
Mas sempre há uma mulher especial
Eternizada musa na memória.