AS MÁGOAS QUE HOJE ANDAM PELA SALA
As mágoas que hoje andam pela sala,
São invisíveis Monstros debochados;
São espectros de poetas suicidados!
Buscando a paz, sem nunca alcançá-la…
Oh! Irmãos meus, nascemos já fadados
A em tudo, vermos nossa própria vala!
Por isso qualquer dor, cá nos abala,
Pois somos sonhadores desgraçados!
“Os mortos que governam, nós os vivos!"
E é a vida, velhas mágoas repisadas...
De infernais azares sucessivos
E de Almas boas, vilipendiadas…
Por isso somos sempre depressivos,
E assim também nos são, nossas amadas!...
(Queiroz Filho)