Espera

Espero-te nos sonhos de ternura

Que cozo no silencio da saudade,

Enquanto a madrasta ansiedade

O meu peito devora com tortura.

Mas o Amor de simples criatura

Que rege a voz da fé e da verdade,

É o que me ofertará na Liberdade

Os lábios teus de mágica candura.

Pois nosso amor sadio se resume

Nas flóreas asas dessa alta canção,

Estremecendo a alma feito o lume

Ardente, que cerceia uma solidão

Sem cor, sem vida, forma e volume,

Mas que nunca nos sai do coração…

(Queiroz Filho)

QueirozF
Enviado por QueirozF em 16/02/2024
Código do texto: T7999969
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