QUISERA, PRA FUGIR DO CLAUSTRO TRISTE

Quisera, pra fugir do claustro triste,

De estranhos… Melancólicos delírios!

Ser o homem solitário que resiste

A nunca pôr em versos, seus martírios...

Mas o Demônio mudo que me assiste,

Não quer pra si o sono astral dos Lírios…

Por isso, como quem do amor, desiste,

Exclamo a dar adeus a luz dos Círios…

Existo, sofro, creio e assim procedo,

Mas sei que a vida é túmulo vazio…

E o pranto, água vã em vil rochedo,

E a Morte, o inexorável e insano rio

Que corre em direção ao nosso medo…

Dizendo: - O teu destino se cumpriu!...

(Queiroz Filho)

QueirozF
Enviado por QueirozF em 07/02/2024
Código do texto: T7994047
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