QUISERA, PRA FUGIR DO CLAUSTRO TRISTE
Quisera, pra fugir do claustro triste,
De estranhos… Melancólicos delírios!
Ser o homem solitário que resiste
A nunca pôr em versos, seus martírios...
Mas o Demônio mudo que me assiste,
Não quer pra si o sono astral dos Lírios…
Por isso, como quem do amor, desiste,
Exclamo a dar adeus a luz dos Círios…
Existo, sofro, creio e assim procedo,
Mas sei que a vida é túmulo vazio…
E o pranto, água vã em vil rochedo,
E a Morte, o inexorável e insano rio
Que corre em direção ao nosso medo…
Dizendo: - O teu destino se cumpriu!...
(Queiroz Filho)