O arcádio
Gil Vicente, oh ditoso gênio criativo,
Que serei, se as flexões e derivações,
E ortoépia, tua valoração conotativa,
Com sufixos comuns, jocosas flexões
São os meios com que muitos trilham,
Esquecendo-se do princípio e do fim,
Os efluentes versos que só rimam?
A arte jaz como causa sui sem-fim.
Adornando um vaso quebrado e vazio,
Afim de terem um absoluto a segurar,
A arte conspícua torna-se bravio, bacio.
Tais incultos, privam-nos do paládio,
E o terreno baldio que estão a edificar,
Não nos conduz à virtude, sequer gládio.