TEMPO DO AMOR
Eu conjuguei errado o verbo amar
E na prova da vida não passei.
Não sei por que na prova não colei,
Se nem sempre é errado copiar.
Copiar o que deu ou que está
Dando certo, eu nunca imaginei
Que não fosse defeito, assim errei,
A não os bons exemplos imitar.
O amor que sai do livro e cai no peito
Não tem conjugação de um só jeito,
E não é no imperfeito que se sente.
Eu deveria, sim, ter copiado
Um amante fiel e flexionado
O amor no tempo certo que é o presente.