MARAVILHOSO AMOR
Maravilhoso amor, que se aninha no meu peito,
Lá criou raiz e tudo o que quis, com aquele jeito
De ser e de estar descontraído. Bate o coração,
Absorto a si mesmo, a desfilar co ou sem razão.
Coração apaixonado, desembocando terno leito,
Nos lençóis amarrotados finca seu subtil trejeito.
Ah! ele sabe bem, que, aqui, não há vã restrição
E é por isso que ele bate sua mais viril condição.
Sua batida bem medida tem consigo seu eterno
Laço, que bate a descompasso, cousas da vida
E logo o amor acariciado se torna são e externo.
Vem pras ruas, e ao ritmo, da mui súbita dança,
Ginga para aqui e para acolá, numa conseguida
Consequência, de passos atinados, subtil lança.
Jorge Humberto
18/12/07