MARAVILHOSO AMOR

Maravilhoso amor, que se aninha no meu peito,

Lá criou raiz e tudo o que quis, com aquele jeito

De ser e de estar descontraído. Bate o coração,

Absorto a si mesmo, a desfilar co ou sem razão.

Coração apaixonado, desembocando terno leito,

Nos lençóis amarrotados finca seu subtil trejeito.

Ah! ele sabe bem, que, aqui, não há vã restrição

E é por isso que ele bate sua mais viril condição.

Sua batida bem medida tem consigo seu eterno

Laço, que bate a descompasso, cousas da vida

E logo o amor acariciado se torna são e externo.

Vem pras ruas, e ao ritmo, da mui súbita dança,

Ginga para aqui e para acolá, numa conseguida

Consequência, de passos atinados, subtil lança.

Jorge Humberto

18/12/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 28/12/2007
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