TAL-QUALMENTE A LUA

TAL-QUALMENTE A LUA

Meu bem, tal-qualmente a lua

Me aparece em meio à noite

Desfila em mim, seminua

Toda poesia. E num açoite

Feita o vento, em mim passeia

Reclama da barba espeto

Entre abraços me rodeia

E estreitando-me no peito

Seduz-me, luxuriosa

Deixa-me em versos, faz prosa

Atendendo a meus apelos

A solidão? O tempo? Espaço?

Só cafuné, seu colo, enlaços

Assanhando os meus cabelos!

Lucas Carneiro

28nov.2023

23h36