FILTROS DE BARRO (SONETO)
FILTROS DE BARRO (SONETO)
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Nos tempos dos açudes e poços com caçamba para tirar água,
Cada casa teria um poço de água no quintal como animais domésticos,
Alimentavam-se da criação caseira ou das plantações longe de qualquer cosmético,
Enfermidades de vetores eram espalhados com algumas pragas.
Portas e janelas se trancavam com tramelas, tranças ou travas,
Brincadeiras surgiam da imaginação a uma harmonia eclética;
Sentindo sede da água retirada do poço iria para um filtro de barro estético,
Como cada época em que não haviam geladeiras com gelos que prestava...
Reservavam no fundo deste poço carne que pelo tempo estraga...
Ou desidratando como carne de sol ou bacalhau salgado a ressalva,
Tratando a água passando por um filtro para um copo de vidro métrico.
Lampião a querosene iluminava substituindo a inexistente a cabo elétrico,
Filtro de barro era o refúgio de uma água bem tratada a cada enxurrada,
Quantidade a vários vasilhames que enche a cúpula deste Filtro de barro a ético.