Réquiem

Caro leitor, quando a morte, que vai vim, o vier

Que ela nos entregue apenas o nosso destino

Escrito, pois, com grande disciplina para o advier,

Nosso sonhado nome gravado no "clandestino".

Pois dado o nosso contexto socioeconômico,

Ser o que somos jaz por definição um impecilho;

Para a macroestrutura manter heteronômico

É necessário a microestrutura cessar "o brilho".

Peço-te, que tanto trabalho não seja em vão

E que tal glória seja derramada aos teus pés,

Que a tornemos um por misericórdia em oração.

Com isso, após a morte que a tantos aterrorizam,

Oh senhor, a tua misericórdia é lançada aos reles

E, assim, a tua tão desejada graça nos amenizam.

Theo De Vries
Enviado por Theo De Vries em 02/11/2023
Código do texto: T7922578
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