"CIRQUE de LA VIE"
A verdade que entorta a tristeza que sobra da gente
Que salvou-se das dores do parto restolho descrente
Esperança de amores na distância agora se esconde
E bem assim como veio sumiu não se sabe pra onde
É preciso que as luzes se acendam de novo pra mim
Pois no canteiro que a felicidade plantou meu jardim
Veio o tempo passando a galope deixando as pisadas
Quais marcas perenes no ventre dormente cunhadas
Repintando com cores opacas as gramas que estão
Como os sonhos pregados na mata que o fogo comeu
Só sobraram as lembranças remotas do que já fui eu
E neste sábado o palhaço Allegria a mim prometeu
Que esperar pela vida a fora não é martírio em vão
Mas a vida no Cirque é suspensa e não toca no chão...