BRINCADEIRA
Feito uma brincadeira de criança
O amor, do esconde-esconde ao pega-pega,
Depois que se descobre e se esfrega,
Às vezes, um dos dois dele se cansa.
E ao “tô de mal”, “não falo mais”, se avança,
E ao “me desculpe, tá”, ninguém se entrega,
Mas pode, no esbarrão de cabra-cega,
Se recobrar do outro a confiança.
A melhor diversão sempre é de dois,
E quem deixa o recreio pra depois
Pode perder o bom da brincadeira.
Brincar sozinho, isso não tem graça,
Briga, se enfeza, mas se a zanga passa,
Se quer brincar de amor a vida inteira.