O amor
O amor
O amor é como o vento benfazejo,
Que embala do viajor o peito arfante,
Acalmando a ansiedade num instante,
Em que lembra da amada o doce beijo.
Como o som do violino, ou som do arpejo,
Ao penetrar suave a alma infante,
Como o vento que empurra a vela a vante,
E faz brilhar o peito num lampejo.
O amor não marca encontro nem local,
Não implora motivos nem aval
Nem pede permissão para atuar…
Vem em nuvens suaves e expressivas,
É claro, meigo, não tem evasivas,
E qualquer coração pode mudar.
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O Poeta Solano Brum enriqueceu meu poema com suas participação.
DISCURSO SOBRE O AMOR
Solano Brum
“Ah! O Amor!” Qualquer coração pode atuar
Com extremo apuro em verso e prosa!
Tem platéia que pede “bis” - Faz vibrar
Uma alma infeliz em noite pavorosa!
O amor faz bem... Sabendo dedilhar
A Lírica, leva ao público, canção chorosa!
“Eros” tem poder! Ele pode cicatrizar
A chaga aberta d’uma paixão desditosa!
Têm princípios – Os versos do Europeu;
Os Clássicos... Nos temas de Romeu;
O amor só faz sentido com a linda Julieta!
Se, Camões, não revelou a tal faceta;
Tampouco a Filósofa discorreu a Platão...
Amor é doce; é fel, é Luz ou escuridão!