O SAMBA E O IMPROVISO (SONETO)
O SAMBA E O IMPROVISO (SONETO)
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
O samba surgiu do improviso daqueles que eram fora da alta sociedade,
Vivendo nos cortiços ou nos morros pelas metrópoles periféricas,
Chegavam nas rodas de gingados, como nas rodas das serestas no repente as esféricas,
Daqueles que vieram refugiados, diferenciados das serestas a quem tinha afinidades.
Qualquer temática com uma rima acompanho pelo batuque a dinâmica da diversidade,
Barricas, latas ou circunferências revestido a couro animal sem pêlos a esférica,
Porcas sextavadas esticando este couro as armações reunidas as funções cadavéricas,
Desenvolvidas desde quando eram esticados pelo fogo esquentando a criatividade.
Rodas batendo com estes instrumentos ou as palmas das mãos mantendo a instabilidade,
Prometendo um ritmo das origens afrodescendente, indígenas a cada cidade,
Capital federal da República foco e pretensão dos êxodos nacionais a razão atmosférica.
Improvisando instrumentos, versos e remelexo do corpo as possibilidades,
Pernadas, rabo de arraias e plantar-bananeiras a cada vez numérica,
Seresteiros, batucadas com ritimização a cadência no compasso a diversidade.