SONETO DA SENSUALIDADE
Amo todas as águas tuas
Sorvo os líquidos teus
Mergulho nas cavidades nuas
Sugando os teus poros tão meus
O veludo negro da pele tua
A febre que umedece a nossa nudez
As ondas de calor onde a fronte sua
A lânguida entrega sem sensatez
Marolas entre nós não existem
Submergimos num intenso ardor
Afogados seres que não resistem
A fraqueza nos faz desmaiados
A falta de ar é só suspiro
Descomprimidos extasiados