SONETO DA SENSUALIDADE

 

Amo todas as águas tuas

Sorvo os líquidos teus

Mergulho nas cavidades nuas

Sugando os teus poros tão meus

 

O veludo negro da pele tua

A febre que umedece a nossa nudez

As ondas de calor onde a fronte sua

A lânguida entrega sem sensatez

 

Marolas entre nós não existem

Submergimos num intenso ardor

Afogados seres que não resistem

 

A fraqueza nos faz desmaiados 

A falta de ar é só suspiro

Descomprimidos extasiados

 

 

Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 17/09/2023
Código do texto: T7887817
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