BARCO À DERIVA
Um barco à deriva mar à fora
agora embalado pelo vento
lento, que em meu pranto experimento
momento vívido, muito embora...
Demora a que minh’alma tão aflita
habita na prisão e tanto chora
lá fora, a lua cheia me ignora,
Ora, é a paixão que em mim agita!
Permita-me que eu faça num esboço
colosso desse mar em amplidão,
pelo não, pereceria na ilusão...
Coração andante, mesmo partido...
Tido, há muito, contudo, tão breve,
leve, sobre a onda que se atreve.