Marmotas do Rio Parnaíba
Marmotas do Rio Parnaíba
Meu rio das inúmeras assombrações,
Dos banhos cotidianos ao cair das tardes,
Aos domingos, jogando bola com alardes,
E dos pais sobravam admoestações.
Sucruiuiu, Mãe D'água, quantas apreensões!
Porca do Dente de Ouro e suas potestades,
Entre nós, cabras machos, não se via covardes.
Mas tudo isso mexia com nossos corações.
O Fantasma da Ponte, Baleia Encantada,
Pode botar fé, moço, que em noite enluarada,
Muitas visagens, ainda, aparecem aqui…
Tem Maria Caninana, Vareiro do rio,
O Surubim de Escamas piando de frio
E o Cabeça de Cuia, eu lhe juro que vi.