Mundo louco
Mundo louco
Não creio, agora, em muitas coisas que falavam.
Muito menos no que era dado como certo,
As evidências não me convencem decerto,
Nem eles acreditam no que acreditavam.
As verdades que, outrora, ao vento badalavam,
Já não produzem sons em ambiente aberto,
Com o que eu flertava, hoje, já não flerto,
E mais banal está o que banalizavam.
Muitos conceitos sérios, já, caducaram,
O que era verdade desvalorizaram,
O mundo me parece ter perdido o fuso,
Ou o mundo, com certeza, já endoideceu,
Se não endoideceu, decerto, já perdeu,
E deixou escapar, perdendo um parafuso.