"NATAL... DE QUEM ?" (Soneto)

Numa prateleira inda pendem, empoeirados...

Os meus sapatinhos vermelhos dos natais...

As janelas do passado não se abrem mais

Aos pés descalços, dos sonhos superados

Embrulhados no presente que o hoje enrola...

Se vem, o Espírito de Natal tem preço fixo

Nas vitrines e corações em que o crucifixo

Contra as luzes cintilantes, é quase esmola...

A lucrativa festa já consumiu toda memória

Dum aniversariante que demarcou a história

Iniciada no dia que em que três Reis Magos...

Ah!, nada interessa além das luzes artificiais...

Só os meus sapatinhos vermelhos dos natais...

Numa prateleira inda pendem, empoeirados...

MENSAGEM AOS AMIGOS RECANTISTAS:

Natal é nascimento, renascimento.

Desejo a todos um Natal de muita paz,

e um Ano Novo em que você possa se

renovar... ninguém é tão bom que não

possa ser melhorado... tente...

O presente?

Não se preocupe, você já o tem; o mais

simples, o melhor de todos: sua atenção.

Embrulhe-o em seu melhor sorriso, vista

-se com o branco manto das melhores

intenções e vá entregá-lo, solenemente...

Num asilo, num orfanato ou na Sociedade

Proterora dos Animais de sua cidade e, de

olhos cintilantes, você receberá o melhor

e mais autêntico "obrigado" de sua vida...

Minh'esperança inda repousa,

pendurada... Até 2.008...

Lobo da Madrugada
Enviado por Lobo da Madrugada em 20/12/2007
Reeditado em 22/02/2008
Código do texto: T786340
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