OS ESCRAVOS MODERNOS DA ATUALIDADE ADIANTE (SONETO)
OS ESCRAVOS MODERNOS DA ATUALIDADE ADIANTE (SONETO)
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Trabalhando sobre ordens de um superior arbitrário e exigente,
Um salário pré-determinado por uma classe ou lei que estipula,
Enredando o que deva ou dá para comprar cerceando aquilo que a calcula,
Pelo sustento protelado de uma padrão de vida a que tenha contingente.
As horas extras ou bonificações passando do horário integral ou pretendente,
Peso sobre as costas insustentável as pressões recebidas as mulas,
Prestações, aluguéis ou juros que a cada ano de valor a pula,
Nunca batendo com os reajustes aumentando os trabalhos incessantemente.
Cumprindo horário para chegar e nunca a hora certa para sair de frente,
Promovendo a produção para mais produção a que jamais pode ser decrescente...
Aumentando os lucros a mais lucros endinheirando o produtor a gula.
Saindo de casa a noite e retornando a noite as conduções decadentes,
Em condições, horários e conformidades com senzalas insistentes,
Mudadas pelas suas épocas a que cada um adquire a cada aceitação em fissura.