ARANHA NEGRA
Tinha charme no andar e no sorrir
Expunha as intensões de uma mulher
Que muito bem sabia escolher
E usar a escolha pra se divertir.
Quem à noite a pensasse seduzir,
Perdia na esperança toda fé,
Porque muito no dia ia sofrer,
Até no fim se auto destruir.
E foi assim que um dia eu fui o tal
Que nela acreditou, pois, afinal,
Quem por amor ao bem não se integra?
Enganei-me, e vi tarde que a beleza
Do corpo ocultava a natureza
De uma misteriosa aranha negra.