TEMPO
O tempo tem um jeito bem estranho
De se fazer presente em nossa vida,
Há vez que nos dá hora sem medida
E noutra dá desprezo a seu tamanho
Quando a hora cresce não há ganho
Se a forma de usar não é divertida,
E sempre que a hora se encomprida
Fazemos dela uso bem tacanho.
O tempo que devia ser escravo
Faz-se dono de tudo e com um cravo
Nos prende no desejo e na ambição.
E quando nos queremos libertar
Desmancha suas horas pelo ar,
Mostrando que a pressa foi em vão.