PANELEIRO
O paneleiro, mal me bate o olho,
Ressentido não tem boa impressão,
Vê-me um tipo em plumas de pavão
Ou um rato comido por piolho.
Por isso não me jogo em mar de abrolho,
Nem vou cortar o saco e dar ao cão,
Pouco me importa ouvir a opinião
De quem por mal querer vê-me um trambolho.
Se você não faz parte da panela
Vira galinha ao molho cabidela
Ou de outro modo é frito ou cozido
A seu jeito me julgue quem quiser,
Se um pavão na panela não vai ver,
Mas o rato que é lá refletido.