AS BELAS QUE ME PERDOEM...
Em tudo o que fazia eu via graça,
Até no que não tinha graça alguma,
Eu via tanta graça numa ruma
De a mente virar bunda canaça.
E a vendo andar a toa pela praça
Eu olhava as mulheres uma a uma,
Ela era a mais... A mais... É... Mas nenhuma
Outra me punha o juízo na bagaça.
Para os outros, talvez, fosse a mais feia,
Mas beleza não é chave de cadeia,
Para quem por amor perde a visão.
Se a flecha do cupido atinge o olho
Quem distingue a beleza de um trambolho
Não são os olhos, mas o coração.