À MINHA MUSA

Teu cabelo sedoso escondendo teu rosto

Teus lábios finos num sorriso bem aberto

Fazem-me perguntar, quem aí terá posto,

Em minhas mãos, ser assim, tão discreto.

E, é dessa discrição, que fazes a tua vida

A ninguém perturbando, inda que carinho

Às vezes precises, que a vida te é devida

Rosas, sândalos, ungidos em rosmaninho.

Musa d´todos os vates, soubeste escolher,

Quem teimou, dentro de ti, lá permanecer,

Contra tudo e contra todos, assaz lutando.

Sempre comigo e com meu pobre coração

Em salva de prata serves-me a inspiração,

E em poemas, versos, odes, vou cantando.

Jorge Humberto

08/12/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 16/12/2007
Código do texto: T780800