A FAVELIZAÇÃO (SONETO)
A FAVELIZAÇÃO (SONETO)
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Pra que tudo se transforme em uma grande e populosa favela,
Tem que haver uma sociedade que de um lado se importa
E por outro lado uma grande parte que pra nada liga ou aporta;
Mesmo sabendo dos males que este processo de vida cerca a uma janela.
O que antes era um barraco de madeira 🪵 iluminado a luz de vela,
Hoje de mansões a puxadinhos dependurados pelos desfiladeiros a que transporta,
Criminalidades comandando e auxiliando a que uma descrição bate a porta,
Recorrência política a pegar votos a quem eles nada de estatística revela.
Refugiados imigrantes de outras localidades, foragidos a corta,
Precipícios dos morros em áreas de riscos cavando a que comporta,
Acrescentando um parâmetro a mais que a acomodação faz a manivela.
Daquilo de mal que multiplica o impulso de cultura a recorta,
Pelo que se enganam estando felizes do convívio conivente a razão torta,
Invadindo grandes centros metrópoles encerrando pelo acaba a morte ou a uma cela.