XADREZ: UMA SINGULARIDADE PLURAL
Sou um deserto triste d'amor;
E, pelas areias cristalinas caminho;
Ando sem descanso pelos encantos;
Então, me encanto pelas luas de cetim.
Depois dessa estrada percorrida, estou na água;
Pergundo-me: Onde estão as areias?
Estão enterradas no meu riso;
No meu desejo afogado nas anáguas.
Ó fim, tudo é ilusório neste momento;
Tudo é uma pessoa entre flores;
Um amor de recorte de jornal numa matinal.
Miro, o mirante, vê-me em serenata em flor;
Sonabulos mundos que fala tão rápido, forte e pouco;
No louvou do meu lado canta a voz na morte.