AVE
Nossa canção de outono faz-me poema;
Clamo, declamo e solfejo o amor;
Que me é a paz do teu sorriso sem dor;
Num beijo doce de poesias a vagar pelos ares...
O inebriante amor me envolve em braços;
Pois, sou gravo e canela, jasmim, avencas;
Teu gosto na minha boca me deixa louco;
Pois, tu és o cheiro da erva doce a beber minha ilusão.
Somos vitrines, espelhos que sobre o mar flutua;
Nos levando para o universo perdido;
Num coito sobre lençóis de linhos.
Ó minha vida, sou grato por te amar;
Porque um dia sei da despedida;
Por esse momento não ei de esquecer.