Às mulheres
Às mulheres
Foram-se uma após outra debandadas,
Por motivos, nem sempre, compreensíveis,
Como aves das gaiolas rudes livres,
Às vezes, como o estouro das boiadas.
Outras tantas se foram magoadas,
Deixando-me com marcas invisíveis,
Logo eu que tenho rampas em declives,
Predestinado a tombos e barroadas.
Mas dissabores não conduzo delas,
Nem o menor resquício de querelas,
Já que eu era uma argila das piores.
Todas foram faróis em minha vida,
Nenhuma se passou por esquecida,
Destacando-se até nos pormenores.