DESTINO

As violetas na janela eram azuis;

E eu de terno e gravata quase nu;

Olhava o cortejo fúnebre passar

Dos desgraçados que me fizeram chorar.

Esses lorpas, tessituras de vinhos;

Embreagados estavam quando me maltrataram;

Pensaram que podiam eles me matarem;

Não sabiam eles que eu sempre serei vida.

Na minha piedade rezo calado;

Desfruto da beleza da vida;

Maldita seja a furia gélida d'alma.

Sou riso liberto das agruras;

Que seputei de sandálias;

Todos que estavam nas orações.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 05/03/2023
Código do texto: T7732974
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