SONETO DA SOLIDÃO
Solano Brum
À noite, a uma estrela brilhando,
Quedo-me pelo seu belo fulgor...
Imagino teus olhos me olhando
Como se sanassem minha dor!
E assim, a essa linda estrela,
Revelo toda a minha solidão!
Está distante, mas, podendo vê-la
Entrego-lhe os versos e o coração!
Mas, tão doce fantasia,
Deixa-me ao raiar do dia,
Aumentando o meu penar...
Ah! Porque na vida tudo fenece?
É justo quando o dia amanhece
Que eu me ponho a chorar!
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Com grande satoisfação, agradeço meu caro Poeta.
"Faça da sua triste solidão
Um jeito terno de amar
Entregue o seu coração
Pra outro alguém habitar."
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INTELIGENTÍSSIMO POETA, OBRIGADO POR SUA BELA INTERAÇÃO.
A MATEMÁTICA DA SOLIDÃO
Qual um número primo, a solidão
é tão indivisível, quanto o nada.
E é, na matemática aplicada,
o zero à esquerda da razão.
Ser só é ter a sombra imantada
no polo negativo do sistema,
tal qual o verso mudo de um poema
da última estrofe recitada.
Mas, apesar da conta negativa,
há muito que se sabe, de oitiva,
que bem melhor do que somar sozinho
é dividir o nada com alguém.
A solidão, enfim, vai muito além
dos zeros à esquerda do caminho.
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Recebi do meu amigo Jacó, sua linda Interação.
SOLIDÃO
É quando me deixo só,
Que a solidão ataca.
Mas se minh'alma abraça,
Vivo um amor maior...
Então a vejo bendita,
Por conta disso, medito,
Pro céu me dá belas dicas.
Que com rigor, as pratico,
E com a vida mais rica,
Pelo fato de pensar,
Minha dor desmistifica,
Quando começo rezar,
Mas solidão só finda,
Quando olhando pra dentro,
Acho minha alma linda...
Pelo olhar mais atento,
A solidão que perdura,
Antes de você chegar,
Morre quando me beijar,
Porque seu amor me cura...
= = =