VERSOS CABELUDOS
A natureza pôs pelo em sovaco,
No nariz, circulando o fiofó,
Na pele uns fiapos e ao redor
Do quengo do humano e do macaco.
Se uns servem num tapete ou num naco
De controle ao frio e ao calor
Que serventia há de ter o odor
De gambá morto, aí é que empaco.
E os nascidos sobre o que se gosta,
Cheirando a camarão e a lagosta,
Por que razão estão lá, qual motivo?
Pouco entendo de pelos, mas eu penso
Que o cheiro almiscarado e muito denso,
Azoando a mente, torna o homem cativo.