Asilo
Asilo
Naquele casarão recuado da avenida,
Onde visitas quase nunca se pressente,
Há uma triste massa, que, Infelizmente,
Sobrevive em silêncio tétrico, esquecida.
Lá dentro, a mesma história se ver repetida,
Em cada personagem, em cada alma ausente
Que ali transita, há apenas o corpo, a mente
Encontra-se nalgum lugar do orbe, perdida.
Muitos outros asilos neste orbe orbita,
São corações estéreis, que não se cogita
Ver, em tempo algum, sonhos deles florescidos.
Como tantos poetas em si exilados,
Sob nostálgicas pérgolas ensimesmados
Na inflexibilidade do tempo, vencidos.