NÃO SEJAS, DESTE AMOR, NEFELIBATA
Não sejas, deste Amor, Nefelibata!
Na bolha do teu sonho, não me ponhas!
Sonhar sem nunca agir, também nos mata!
As mentes delirantes, são medonhas...
Pensar na proporção, sempre exata,
Nos livra de ir voar com as cegonhas...
Quando nem temos asas de barata,
E apenas somos lebres bem tristonhas...
Eu sei, embora tua, oh! Não existo...
E o teu Amor, quatorze versos, dura!
Portanto, outra vez, digo e insisto:
- Eu não sou tua Laura! É loucura!...
Nem abro mais cavernas do que Cristo...
Nem com Chave-de-ouro, criatura!...
(Borboleta Raquel/ Laura Alves Coimbra)