Espera (Ao meu poeta)

Espero-te nos sonhos de ternura

Que cozo no silêncio da saudade,

Enquanto a madrasta ansiedade

O meu peito devora com tortura.

Mas o Amor de simples criatura

Que rege a voz da fé e da verdade,

É o que me ofertará na Liberdade

Os lábios teus de mágica candura.

Pois nosso Amor sadio se resume

Nas flóreas asas dessa alta canção...

Estremecendo a Alma feito o lume

Ardente, que cerceia uma solidão

Sem cor, sem vida, forma e volume,

Mas que nunca nos sai do coração...

(Laura Alves Coimbra)

Laura Alves Coimbra
Enviado por Laura Alves Coimbra em 06/12/2022
Código do texto: T7665538
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