Último Sacrifício
Ouçam meu rogo, flores de brinquedo,
Que fingem tomar sol nessa sacada…
Velhas amigas, tenho tanto medo!
De aceitar fingir que sou Amada!
Se pra gozar a vida é sempre cedo,
Porque minh' Alma, Lebre assustada!
Pressente o Lobo atrás do arvoredo?...
E presa ao temor da emboscada...
Entre palores; entre vãos ressábios;
Na espera dos teus beijos, os meus lábios!
No altar da Esperança, a Fé restaura...
Pois sou a Borboleta derradeira,
A Ninfa; a Musa; a Deusa Condoreira!...
- Fenrir, vens devorar a tua Laura!...
(Laura Alves Coimbra)