Último Sacrifício

Ouçam meu rogo, flores de brinquedo,

Que fingem tomar sol nessa sacada…

Velhas amigas, tenho tanto medo!

De aceitar fingir que sou Amada!

Se pra gozar a vida é sempre cedo,

Porque minh' Alma, Lebre assustada!

Pressente o Lobo atrás do arvoredo?...

E presa ao temor da emboscada...

Entre palores; entre vãos ressábios;

Na espera dos teus beijos, os meus lábios!

No altar da Esperança, a Fé restaura...

Pois sou a Borboleta derradeira,

A Ninfa; a Musa; a Deusa Condoreira!...

- Fenrir, vens devorar a tua Laura!...

(Laura Alves Coimbra)

Laura Alves Coimbra
Enviado por Laura Alves Coimbra em 06/12/2022
Código do texto: T7665535
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