ERA UMA VEZ
O meu é amor puro, é o amor
De um conto de fadas que dormita
No peito de um menino onde palpita
O nome de alguém bordado em flor.
Sobre o nome um beija-flor saltita,
Imaginando o mel que não provou,
Mas de outras flores nunca outro sabor
Colheu, e provar aquele, ainda, acredita.
Por ser puro o amor em mim almejo,
Não qualquer boca ou corpo que eu vejo,
Entregando-se por insensatez.
Persigo pela vida a ventura
De dar o meu amor, finda a procura,
À infanta de meu conto "Era uma vez..."