O VERDADEIRO AMOR

Não se dê um realce especial

A quem a igreja uniu no casamento.

O amor tem pouco a ver com sacramento,

Ou com declaração cartorial.

Quem casa pode ser fútil, banal,

Hábil em simular um sentimento

E após as bodas, só com fingimento,

Manter-se como parte de um casal.

O amor real não tem papel passado,

Aquele que, depois de chancelado,

Transforma-se em uma obrigação.

O verdadeiro amor não quer chancela

Nem de cartório ou de uma capela,

Pois só quem lhe domina é o coração.