Panda mia

Panda mia

Negra, de porte médio e, olhos atentos,

Não sei se inteligência, ou intuição,

Mas nos mostrava tanto amor no coração,

Atenta sempre aos nossos simples movimentos.

Sem raça definida, também sem lamentos,

Impressionava pela apurada audição,

Com três latidos para a comunicação,

Com certeza sabia ler nossos pensamentos.

Um dia, ela fugiu rumo à grande avenida,

Nós a fomos buscar, já estava sem vida,

Estática, caída sobre o próprio sangue.

Panda, mia tão saudosa e bonita cadela,

Ainda hoje sentimos nós saudades dela,

Enterramos-na ali, junto à beira do mangue.

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Do Poeta Solano Brum recebi és belíssima homenagem e agradeço.

Tenho cá um quadro patas,

Que amamos de coração.

Não tem raça, é viradas,

Mas põe medo no ladrão. **