TAÇAS

Cada seio lembra uma taça fina

De cristal sobre o torso emborcada,

A imagem nem é um pouco exagerada,

Se à vista, nada além se imagina.

Há outras sob a forma feminina,

A boca, e estando já embriagada,

A mente encontra em vértice incrustada

A que aos conquistadores se destina.

E atrás dessa espécie outra há

De ouro e prata, estando a ocultar

Da embriaguez do amor todo o mistério.

Mas taças de cristal, prata e ouro

São da mulher só parte do tesouro

De quem pelo amor vence seu império.