CALVÁRIO
Sem ser ingênuo sofro e se for
Preciso irei ao topo do calvário,
Sem lágrimas, e achando ordinário
O sofrimento e pequena a dor.
Suportarei o mal extraordinário
Com a força da fé e do ardor
De quem sabe que amor atrai amor,
Fiel à crença de um visionário.
Não há dor que me impeça de viver
O sonho de que ainda hei de ter
Nos braços o amor que me consome.
Fé e esperança dão-me a garantia
De não morrer de dor, e amar um dia
Alguém que hoje não ouso dar o nome.