Papagaio de papel
Papagaio de papel
Meu neto me pediu para lhe fazer u'a pipa
De papel e a fiz com toda a dedicação,
Comprei a seda, a linha e fiz a armação,
Porque o bom avô da vida participa.
Para o esqueleto eu tive um restante de Ripa,
Peguei a rabiola e a imaginação,
Porém, o papagaio não saiu do chão
E foi como se em meu peito entrasse uma flipa.
Durante a minha vida tive desencontros,
Perdi muitos amores, sonhos, versos, contos…
Que acabaram causando alguma decepção…
Projetos malfadados por alguns eventos,
Deixando sufocado meus sentimentos,
Que por falta de ventos ficaram no chão.
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Do Poeta e amigo Solano Brum, recebi esse lindo soneto para interagir comigo. Muito obrigado.
O jogo do amor
Solano Brum
Numa certa tarde do mês de Maio
Resolvi juntar-me a menina.
Na minha época, pipa era papagaio,
E a linha podre fez uma pipa avoada!
A primeira vez e a primeira decepção!
Meu caso, quando não estava estudando,
Era as bolas de gude e o pião...
No jogo, era o tal e vivia só ganhando!
Mas, em outro jogo, eu queria ser maior;
Não pipa e linha, bolas de gude ou pião...
Talvez, o do amor, sabê-lo mais de "cor"!
Rico ou pobre, a sorte tem dois lados;
Eu nunca fui feliz no jogo da sedução
Todo o tempo, dos tempos malfadados!
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Da Doce Val, que se mostra cada vez mais doce, recebi a participação especial.
👇🏻
Piauiense,mesmo eu sendo uma menina
no meu tempo de criança, guria
,com a garotada da rua ,
empinei minha pipa como os meninos fazia,
jogo de bola,roda pião,amarelinha,
era as brincadeira de sempre,
não havia divisão de identidade
tudo era permitido,livres eram a gente !
Inspiração da tua poesia