CAMUNDONGO (SONETO)

CAMUNDONGO (SONETO)

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Sobre as conservas guardadas a um espaço dos mais longo,

Sacos de papéis ou de plásticos a vácuo no forte cheiro a aromatizar,

Armários ou estufas dos fornos aconchegados para procurar,

Restos de alimentos ou estoques a força fonética de um ditongo.

Zunindo pelo silêncio a fome de um pernoitado pernilongo,

Sobrevoando locais a que haja alguém pra que possa picar,

Restos de comida ou sangue a algo dentro de um envelope a preservar,

Andando pelo chão da casa ou pátio a um canto quadrilongo.

Pequeninos entrando em buracos perfurados a um oblongo,

Direcionados a direção apontado para baixo ou ao Congo...

Comendo sobras caídas ou jogadas pelo chão a espalhar.

Encontrando corforto e refeição a um pouco de água a tomar,

Quando ausentes os donos das residências a que for rondar,

Especificando seu hábitat o peralta e pertinente camundongo.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 07/10/2022
Código do texto: T7622613
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