A QUATRO MÃOS
Queira-se ou não, jamais se faz sozinho
Aquilo que o destino nos impôs
Que é fazer surgir das mãos de dois,
Na árvore da vida, um belo ninho.
A amizade que chega de mansinho
Ou o amor que na alma se compôs
É algo que jamais alguém supôs
Existir sem por outro ter carinho.
É impossível alguém compreender
A vida se erguendo em um ser
Presa à insalubridade de um eu…
Sem amor ou amizade de alguém,
A existência inteira se contém
Num cárcere onde a vida se prendeu.