COLISEU (SONETO)

COLISEU (SONETO)

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Das disputas humanas dos gladiadores elevou-se o coliseu,

Vidas dizimadas eram a forma de espetáculo para agradar,

Públicos manifestos dentre as decisões soberanas para salvar ou matar,

Entre berros a que uma estatística para tudo permaneceu...

Entre felinos famintos eram jogados os inocentes cristãos sudaceus...

Sobre o delírio da calorosa platéia que queria programar,

Jogos dentre imperadores fazendo a vontade do povo a conquistar,

Desimportando de cada genocídio em que cada um pôs a cantar.

Cânticos litúrgicos que a Santa Igreja impusera para provar,

Amor divino dotado a cada vítima a que possa aguentar,

Euforia nobre, imperial ou de um simples plebeu.

Daí surgiu a Igreja, o Cristianismo e a fé católica a reinar,

Sobre a ilustração do Velho para o Novo Testamento a erradicar,

Sobre a glória eterna a uma construção derradeira que a tudo se ergueu...

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 13/09/2022
Reeditado em 13/09/2022
Código do texto: T7605153
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