COLISEU (SONETO)
COLISEU (SONETO)
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Das disputas humanas dos gladiadores elevou-se o coliseu,
Vidas dizimadas eram a forma de espetáculo para agradar,
Públicos manifestos dentre as decisões soberanas para salvar ou matar,
Entre berros a que uma estatística para tudo permaneceu...
Entre felinos famintos eram jogados os inocentes cristãos sudaceus...
Sobre o delírio da calorosa platéia que queria programar,
Jogos dentre imperadores fazendo a vontade do povo a conquistar,
Desimportando de cada genocídio em que cada um pôs a cantar.
Cânticos litúrgicos que a Santa Igreja impusera para provar,
Amor divino dotado a cada vítima a que possa aguentar,
Euforia nobre, imperial ou de um simples plebeu.
Daí surgiu a Igreja, o Cristianismo e a fé católica a reinar,
Sobre a ilustração do Velho para o Novo Testamento a erradicar,
Sobre a glória eterna a uma construção derradeira que a tudo se ergueu...