BURACO NEGRO
Ó céus, eu olho tudo azul
Num cinza lilás que não me compraz
E sinto o vento turvo
Na brisa que me acalanta.
Muito infante, sou, ó sendo eu
Uma ilha deserta sem teu amor em cruz
Rezo para paz infinda, além do azul
Quase cinza, escuro negro universal.
Muito além, disse: Sou além...
Medos e incertezas que faz-me caos
Neste sono de insônia, vivo.
Clamo, declamo o pranto
De nunca mais outra vez
Em vida morrer d'amor.