SONETO DO ÓDIO
Ah! Como intenso te odeio
Odeio o que me fazes sentir
Nunca sendo inteiro só meio
Dor aguda quase como parir
Ah! Que em desespero te odeio
Ódio louco que tanto me devasta
Cavalgando nua de ser sem rodeio
Amor assaz perverso que se alastra
Ah! Como eu protesto e te odeio
Afogada no vício de ser só prazer
Mergulho e tu me beijas no veio
Ah! Me desespero louca a sonhar
Querendo tanto deixar de te querer
Refém do imperativo do verbo amar