NOITE CHUVOSA (SONETO)
NOITE CHUVOSA (SONETO)
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Noite chuvosa lembrando um dia de alguém,
Que foi embora saudosa acenando da janela de um trem,
Tristonha ou alegre mostrando que estava tudo bem;
Preces desesperadas terminadas a um final de amém.
Sonhos bagageados que de prosperidade contém...
Molhados desejos que dinamizam muito mais além;
Chapéus ou guarda-chuvas pelas marquises aquém...
Dormindo pelas ruas como aparência de mais ninguém.
Vulgar trajando nada comparado a quem tudo têm...
Chuvas esparsas que atravessam rios inundados de desdém...
Estabelecimentos com varejos perecíveis do armazém.
Alto ao baixo ao tamanho de um pequeno neném,
Protegendo pelas abas das construções a um refém;
Noites chuvosas molhadas das poças de água a este porém.