SILÊNCIO (SONETO)

SILÊNCIO (SONETO)

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Ruas vazias pelas folhas das árvores caindo pelo chão,

Casas abandonadas sem portas e janelas despedaçando,

Assobios longitudinais preenchem as poeiras avançando,

Quando vemos a solidão dominar lados sombrios e vãos.

Placas pedindo silêncio dos dedo na boca a contenção,

Por dentro da alma cantando e calando um sonho orando,

Entre ruínas dos amores destroçados as ruas voltando,

Desamores entristecidos a lua avistada a frente do portão.

Telhados molhados respingam chuvas sobre a forração,

De uma ponta a outra recantos com cantos a premiação,

Caladas das noites ecoam vaga-lumes no ar, piscando.

Músicas aos longe completam por todo o silêncio a versão,

Desamores lamentam perdas adquiridas a cada paixão,

Não ouvindo nada a luz da lua ou dos postes na escuridão.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 09/08/2022
Código do texto: T7578984
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