SILÊNCIO (SONETO)
SILÊNCIO (SONETO)
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Ruas vazias pelas folhas das árvores caindo pelo chão,
Casas abandonadas sem portas e janelas despedaçando,
Assobios longitudinais preenchem as poeiras avançando,
Quando vemos a solidão dominar lados sombrios e vãos.
Placas pedindo silêncio dos dedo na boca a contenção,
Por dentro da alma cantando e calando um sonho orando,
Entre ruínas dos amores destroçados as ruas voltando,
Desamores entristecidos a lua avistada a frente do portão.
Telhados molhados respingam chuvas sobre a forração,
De uma ponta a outra recantos com cantos a premiação,
Caladas das noites ecoam vaga-lumes no ar, piscando.
Músicas aos longe completam por todo o silêncio a versão,
Desamores lamentam perdas adquiridas a cada paixão,
Não ouvindo nada a luz da lua ou dos postes na escuridão.