“LUA (que já foi mais) CHEIA”

Adormeci ao som de meus tormentos

A escuridão ia lambendo cada canto

A lua cheia debochando de lamentos

Aparecia com um quê de desencanto

O pesadelo caminhava a largos passos

Nele a cigana, insistente, contra o não

Olhos azuis, na face de negros traços

Me prendiam; e ela a eu, a minha mão

E rompidos num sorriso à contra gosto

Os silêncios que reinavam desde então

Co’a fala mansa, que saía sem esforço

Se escondia com a sombra sobre rosto

Foi-me dizendo “luz de luar é perdição:

sublima almas, suprimindo-lhes a razão”...

A lua cheia persiste até

sábado (1/12) 09:45h...

Lobo da Madrugada
Enviado por Lobo da Madrugada em 28/11/2007
Reeditado em 28/11/2007
Código do texto: T756712
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